Archive for the ‘ Arte ’ Category

A Arte do Lixo

Um dos grandes problemas da humanidade é a intensa “produção” de lixo. Afinal de contas, não podemos esquecer que ele merece um destino. Entretanto, também não podemos esquecer que há centenas de milhares de pessoas que ganham o seu sustento com o que é tido como “lixo”.

Resumo

Um dos maiores problemas dos centros urbanos é a destinação final do lixo, situação agravada pelo modelo capitalista. A coleta seletiva e a reciclagem de materiais estão entre as principais soluções para esse problema. Este estudo teve como objetivo determinar a quantidade de materiais coletada por uma das empresas de coleta seletiva da cidade de Uberlândia (MG) e avaliar os ganhos ambientais potenciais advindos desse processo. No período 2001/2004, as atividades da empresa foram acompanhadas pela pesquisadora, que também teve acesso aos registros referentes à separação, classificação e pesagem dos materiais. Foram realizados cálculos de economias potenciais de energia e recursos naturais. No total, foram coletadas 4.727,74 t de materiais recicláveis. A média de alumínio desviado do aterro foi de 8,22 t./ano, o que proporcionaria uma economia de bauxita de 41,1 t. O peso médio de papel coletado foi de 804,26 t./ano, possibilitando uma economia de água de 19.571,63 mil litros anuais. O peso médio de plástico foi de 369,51 t./ano. Lembramos que a reciclagem de plásticos proporciona economia de um importante recurso não-renovável: o petróleo. Os resultados indicam que a coleta seletiva de materiais e sua reciclagem podem oferecer ganhos econômicos e ambientais significativos para a cidade de Uberlândia.”

Artigo: Coleta seletiva e reciclagem como instrumentos para conservação ambiental: um estudo de caso em Uberlândia, MG (caso queira conferir o artigo na íntegra):

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1982-45132007000200013&script=sci_arttext)

Durante a nossa apresentação, passamos trechos do documentário “Lixo extraordinário”. Esse documentário retrata a vida de pessoas que vivem do lixo e como a vida delas se transforma com o trabalho artístico de Vik Muniz. Este, artista plástico brasileiro, fotografou um grupo de catadores e a partir dessas fotos, junto com o grupo, criou imagens impressionantes.

Música para reflexão: O que se perde enquanto os olhos piscam – O Teatro mágico

Apresentação realizada por:

  • Laís Melo Rocha
  • Larissa Borges Morangoni
  • Marcela Souza Carneiro

Escrito por Laís Melo Rocha, acadêmica do 5° período de Medicina da UFU

Curta Meia-Hora

A Liga Acadêmica de Humanidades Médicas convida toda a comunidade acadêmica da UFU para mais uma edição do Projeto “Curta Meia-Hora” que ocorrerá no Anfiteatro da Biblioteca ao Meio-Dia(12h), começando nessa próxima QUARTA-FEIRA dia 12/12/2012!!! Será exibido um curta metragem e logo após será incitado um debate acerca da realidade na qual todos estamos inseridos (tudo isso em meia-hora). É uma excelente oportunidade de entretenimento e, ao mesmo tempo, para conhecer ideias, comportamentos e melhorar nossa atuação enquanto profissionais.

Fica o convite! Mas cheguem cedo! Pois é bem rapidinho!…

Abraços humanísticos,

LAHM-UFU

curta

Vida e obra de Frida Kahlo: retratos da dor confortada pela arte

Maldalena Carmen Frida Kahlo

Maldalena Carmen Frida Kahlo retrata a trajetória de um dos maiores ícones das artes plásticas do México e do mundo. Com sua singular biografia e uma produção artística riquíssima, Frida expressava, em grande parte de suas pinturas, a dor e a mutilação, presentes, diariamente, em sua rotina de vida:

ESPINHA BÍFIDA

O primeiro problema neurológico apresentado por Frida Kahlo, espinha bífida, iniciou-se antes mesmo de seu nascimento. Espinha bífida significa espinha cindida ou dividida. Esta divisão se dá nas primeiras semanas de gravidez, quando a medula espinhal, então em formação, não se fecha corretamente. Dependendo da gravidade da fusão, a espinha bífida pode ser assintomática ou associada a diferentes manifestações esqueléticas, urogenitais e neurológicas, incluindo deformações e desordens tróficas das extremidades, paresia e outras. A maioria dos estudos bibliográficos ignoram tal patologia ou a citam de forma rápida, sem especificidade. Entretanto, sabe-se que a maior parte dos problemas ortopédicos apresentados pela pintora, têm relação direta com tal anormalidade do tubo neural. Apesar de não existirem documentos médicos especificando o defeito congênito, uma pintura intitulada: “O que eu vejo na água”, aponta tal anomalia. O elemento dominante da pintura é a presença dos pés aderidos na banheira. A presença de deformidades no hálux e segundo dedo no pé direito, é um defeito típico associado ao disrafismo congênito, incluindo a espinha bífida:

” O que eu vejo na água”, 1938

Outro fato que marcou sua infância foi ter contraído poliomielite aos seis anos de idade. A doença a deixou como marcas a musculatura atrofiada e o membro inferior direito mais curto. Para encobrir a deficiência, Frida passou a usar saias longas como as das indígenas mexicanas. Já famosa, as intelectuais de sua época e as mulheres de um modo geral acharam que ela estava lançando moda e começaram a também usar aquelas saias longas.

TRAUMAS DA COLUNA VERTEBRAL E A “ÁRVORE DA ESPERANÇA”

          Em 17 de setembro de 1925, na Cidade do México, um bonde bateu em um ônibus. O acidente seria esquecido se dentro do segundo veículo não estivesse a jovem Magdalena Carmen Frida Kahlo. A colisão moldou a existência da mais valorizada pintora latino-americana. Aos 18 anos, ela teve a coluna comprometida em três regiões, a perna dilacerada, o pé esmagado e a cintura pélvica fraturada. Uma barra de ferro ainda atravessou seu abdome. O sofrimento foi representado em sua arte com traços mórbidos:

Árvore da Esperança, Mantém-te Firme (1946).Frida Kahlo (1907-1954).Óleo. 56 x 40.5 cm. Galeria de Artes Isadora Ducasse (Nova York)

Sobre A Árvore da Esperança, Frida escreveu em seu diário: “Estou quase terminando o quadro que nada mais é que o resultado da tal operação. Estou sentada à beira de um precipício – com o colete em uma das mãos. Atrás estou deitada numa maca de hospital – com o rosto voltado para a paisagem – um tanto das costas está descoberto, onde se vê a cicatriz das facadas que me deram os cirurgiões filhos de sua recém-casada mamãe.”

Segundo ela, um verdadeiro milagre a permitiu sobreviver: porém, lhe deixou graves seqüelas físicas. Devido a fratura de pelve, Frida foi informada de que não poderia ter filhos de parto normal, e era recomendável portanto que evitasse engravidar. O mesmo acidente destruiu seu sonho de ser médica. Em 1929 ela sofreu o primeiro aborto; em 1932, o segundo e último. Seu grande desejo era ter filhos, e a impossibilidade de concretizá-lo naturalmente deixou-a extremamente traumatizada.Felizmente, mais adiante, conseguiu voltar a caminhar. A artista foi submetida a mais de trinta operações e, mesmo assim, nunca deixou de pintar.

A COLUNA PARTIDA

Em 1944, Frida pintou o auto-retrato intitulado A Coluna Partida. A obra expressa o sofrimento da artista, pois sua saúde piorara a ponto de ter de usar um colete de aço. Uma coluna artificial, partida em vários lugares, toma o lugar de sua coluna fraturada. As rachaduras em seu corpo e os pregos espalhados pela superfície corporal são símbolos da dor e solidão:

“A coluna partida”, 1944.

A DOR DE UMA MÃE QUE PERDEU O FILHO

Em 1932, Frida pintou o quadro O Hospital Henry Ford, também conhecido como A Cama Voadora.O quadro mostra a pintora deitada no leito do hospital, localizado em Detroit, EUA. Flutuando sobre o leito, pode ser visto um feto do sexo masculino, um caramujo e um modelo anatômico de abdome e de pelve. No chão, abaixo do leito, são vistos uma pelve óssea, uma flor e um autoclave. Todas as seis figuras estão presas à mão esquerda de Frida por meio de artérias, de modo a lembrar os vasos de um cordão umbilical. O lençol sob Frida está bastante ensangüentado. Seu corpo é demasiadamente pequeno em relação ao tamanho do leito hospitalar, de modo a sugerir seu sofrimento e sua grande solidão:

Cama Voadora (1932).Frida Kahlo (1907-1954).Óleo sobre metal 77,5 x 96,5.Coleção Fundaçao Dolores Olmedo (México)

Do olho esquerdo de Frida goteja uma enorme lágrima, simbolizando a dor de uma mãe pela perda do filho; a pelve óssea é um testemunho da causa anatômica da impossibilidade de ser mãe.

O CARINHO POR SEU MÉDICO NO PERÍODO MARCADO POR INÚMERAS CIRÚRGIAS (1950-1951)

“Estive doente durante um ano: 1950-1951. Sete operações na coluna. O Dr. Farill salvou-me. Restituiu-me a alegria de viver. Ainda estou numa cadeira de rodas e não sei quando poderei voltar a andar de novo.Tenho um colete de gesso que, em vez de ser horrivelmente maçador, me ajuda a suportar melhor a coluna. Não sinto dores, só um grande cansaço… e, como é natural, por vezes desespero. Um desespero indescritível. No entanto quero viver. Já comecei o pequeno quadro que vou dar ao Dr. Farill e que estou fazendo com todo meu carinho por ele”.

“Auto-Retrato com o Dr. Juan Farril”, 1951

Nessa pintura, Frida Kahlo aparece numa cadeira de rodas, em frente a um retrato do seu médico, num cavalete. Uma espécie de oferenda ao médico que salvou a artista do seu sofrimento e aparece no lugar de santo. A paciente pinta a tela com seu próprio sangue e utiliza o coração como pincel.

EPISÓDIO DA AMPUTAÇÃO

Em 27 de julho de 1953, Frida tem a perna direita amputada até a altura do joelho. Em seu diário, encontra-se o desenho da perna amputada como uma coluna rodeada de espinhos.

Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo a querer me matar. O Diego é que me impede de o fazer, pois a minha vaidade faz-me pensar que sentiria a minha falta. Ele disse-me isso e eu acreditei. Mas nunca sofri tanto em toda a minha vida.Vou esperar mais um pouco…

Após atentar diversas vezes contra a própria vida, Frida Kahlo, que havia contraído uma grave pneumonia, foi encontrada morta no dia 13 de julho de 1954. Embolia pulmonar é a causa registrada em seu atestado de óbito, no entanto, a última anotação em seu diário permite aventar-se a hipótese de suicídio:

Espero alegre a saída e espero nunca voltar.

Apesar do explícito sofrimento em sua obra, Frida nunca pintou com o interesse de se lastimar; pelo contrário, as imagens cruentas que vemos em muitos de seus quadros – colunas partidas, abortos,sangue, mortes – manifestam uma espécie de provocação, de atitude desafiante frente ao mundo, porque ela era assim. Fosse para buscar a si mesma ou para expressar toda sua sensibilidade, Frida retratou-se no conjunto de sua obra. Poucos artistas se revelaram tanto. Poucos tiveram – como ela teve – na arte o seu maior conforto.

Nayara Borges Andrade

“Lição de Anatomia do Dr.Tulp” de Rembrandt van Rijn

Trata-se de uma pintura a óleo sobre tela de Rembrandt, pintada em 1632. Mede 169,5 x 216,5 cm.

Eis um dos mais famosos quadros de Rembrandt: um professor e seus alunos em torno de um cadáver. É possível perceber que os alunos se mostram inteligentes, curiosos e interessados. O corpo que aparece no centro do quadro é de um marginal que havia sido condenado à morte por assalto a mão armada.
Analisando as cores usadas pelo pintor e seu domínio da luz e da sombra, concluímos que o foco do quadro é o morto. Portanto, a morte. E o que aparece é a indiferença diante dela. De modo que o cadáver é visto somente como um instrumento de estudo.
Há detalhes impressionantes: os olhares, as mãos do professor, os tendões e músculos do cadáver, a distribuição dos volumes e a ocupação do espaço. Caso tenha interesse, abaixo está o link de um outro blog que fez um post abordando “Sete Curiosidades na ‘Lição de Anatomia do Dr. Tulp’ de Rembrandt van Rijn”. É bem curioso e interessante.

http://medicineisart.blogspot.com.br/2010/06/sete-curiosidades-na-licao-de-anatomia.html

Lais Melo Rocha

A mitologia nórdica abordada nas letras da banda Leaves’ Eyes

Leaves’ Eyes é uma banda de metal sinfônico com elementos de música folclórica da Noruega, formada em 2003. A vocalista Liv Kristine é graduada em Letras. Uma característica da banda são suas letras conceituais, sempre abordando o tema da mitologia nórdica e dos vikings.

O álbum “Viland Saga”, de 2004, discorre sobre o descobrimento da América pelo viking Leif Eriksson. Atingindo a atual região do Canadá, ele teria batizado o território como Vinland, a terra da vinha. A expedição dos vikings à América foi confirmada na década de 60, com a descoberta de uma série de artefatos e ruínas que seriam da comunidade viking ali estabelecida.

Étain

Étain é uma das faixas do álbum “Meredead”. Personagem da mitologia irlandesa, uma das mais antigas e ricas histórias. Descrita como a deusa do Sol.

Fuamnach é a primeira esposa do rei Midir. Ela tenta destruir Étaín, a segunda esposa dele, lançando uma série de feitiços sobre ela: primeiro a transforma em uma poça de água, em seguida, em um verme, e depois em uma linda borboleta.
Midir não sabe que a borboleta é Etain, mas torna-se seu companheiro constante. Fuamnach então cria um vento que aprisiona Étain nas rochas do mar por sete anos.

Confira abaixo um trecho da Letra traduzida:

Étain, apanharás o vento?
Aguente firme!

O ciúme de Fuamnach queima e arde
Lança um feitiço sob o amor de Midir

Étaín, quebrará sua maldição?
Apanhe os ventos!
A cólera de Fuamnach que tortura as tempestades
Transformou a menina em uma larva
Voe minha borboleta, precioso pássaro!
Tu enches a alma dele com mágica
Levada às rochas
Sete anos de miséria
O amor invisível há de perdurar

Sigrlinn

Música escrita como um diálogo entre os protagonistas Sigrlinn e Sveinung. Sveinung deixa sua esposa para trazer para casa mais mercadorias, o que pode ser heróico. No entanto, não há final feliz para sua jornada. Com o mau tempo, a paisagem agreste e montanhosa, Froya e o troll de três cabeças desempenharam um papel decisivo para seu destino.

Abaixo, trecho da letra, originalmente escrita em norueguês:

Ele queria voltar pra casa
Como ele a prometera
Ninguém ama mais
que ele a amava
Mas as runas dizem mais segredos
do que ela gostaria de saber

Sveinung: Eu deixei nossa casa
porque eu queria dar-lhe mais
Como uma vez te prometi
Você, Sigrlinn, filha de Atle

Eu estava a cavalgar, minha mente longe
Lá, os olhos penetrantes de Froya (deusa do amor)
Na neblina através das montanhas enevoadas
Um troll de três cabeças me acertou

Troll:
Ouro e prata você nunca possuírá,
Cavalgando, sua mente longe
Seguido pelos olhos penetrantes de Froya
Pobre mortal!

Meu nome é Sigrlinn
Sou filha de Atle, esposa de Sveinung
Completamente só nos vales profundos
Ele nunca mais voltou
Não consigo encontrar palavras reconfortantes
A alegria me abandonou
Eu o amava como minha própria vida

Confira a versão da banda para a música norueguesa tradicional Kråkevisa:

Certificados do 1º Simpósio de Arte como Terapia disponíveis!

Para vocês que participaram do 1º Simpósio de Arte como Terapia, acessem o link abaixo e confiram seu certificado online.

SiEx UFU

Pedimos desculpas pela demora, mas encontramos barreiras burocráticas. E por favor, nos informe sobre qualquer eventualidade! (Mas esperamos sinceramente que não haja mais nenhuma! Rs)

Quadro "ME ASSINE"

Assinaturas dos participantes.

E por último e não menos importante, algumas fotos do 1º dia! Clique nas miniaturas para ampliá-las.

           

Equipe LAHM-UFU quase completa!

Equipe LAHM-UFU quase completa!


A LAHM agradece a sua paciência.

Abraços humanísticos.

O objetivo mais alto do artista consiste em exprimir na fisionomia e nos movimentos do corpo as paixões da alma.

Leonardo da Vinci